Hoje fixada em 13,25% ao ano, a Taxa Selic representa a taxa básica de juros da economia brasileira. A cada 45 dias, após as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), ela se torna tema relevante nos noticiários econômicos do país, devido ao seu papel fundamental no cenário financeiro.
Desde sua criação, este termo tem sido um dos mais discutidos nas rodas de conversa e debates sobre economia, finanças e investimentos. Estamos falando da Taxa Selic, também conhecida como Selic, o indicador econômico mais importante do país.
A Taxa Selic é a taxa básica de juros da nossa economia, portanto, todas as outras taxas de juros, sejam para linhas de crédito ou investimento, por exemplo, são determinadas com base nela. Além disso, ela é considerada o principal termômetro da economia, exercendo influência direta sobre a inflação e orientando o crescimento do país.
Se você ainda não entende muito bem o que é a Taxa Selic ou deseja compreender como ela pode afetar o seu negócio e, sobretudo, o seu bolso, deve continuar aqui.
Neste artigo, exploraremos minuciosamente o universo da Taxa Selic, analisando sua definição, sua importância para a economia e como suas variações têm o potencial de moldar estratégias e decisões no empreendedorismo. Aproveite a leitura!
Sobre o que estamos falando neste artigo:
- O que é Taxa Selic e quem determina o valor?
- Como a Taxa Selic funciona?
- Selic Meta x Selic Over: quais são as diferenças?
- Como o Banco Central determina a Taxa Selic?
- Ata do Copom: o que é e por que é tão importante?
- A Taxa Selic como indicador econômico fundamental
- Qual o impacto da Taxa Selic na economia do país?
- Qual é a Taxa Selic hoje?
- O que faz a Taxa Selic subir ou cair?
- Qual a influência da Taxa Selic no universo empresarial?
- Taxa Selic e Antecipação de Duplicatas: qual a relação?
Leia também — IOF: o que é o imposto e quando ele é cobrado
O que é Taxa Selic e quem determina o valor?
A Taxa Selic tem sua origem na abreviação para “Sistema Especial de Liquidação e Custódia”. Esse sistema constitui uma infraestrutura do mercado financeiro, sob a administração do Banco Central do Brasil (BC), onde títulos do Tesouro Nacional são negociados diariamente por instituições financeiras.
A taxa média resultante de todas essas transações, que envolvem empréstimos de curto prazo realizados no mesmo dia, é o que se conhece como Taxa Selic.
Em sua essência, a Taxa Selic desempenha o papel de taxa básica de juros da economia brasileira. Ela configura-se como o principal instrumento de política monetária empregado pelo Banco Central (BC) para gerir a inflação. Além disso, exerce influência sobre todas as outras taxas de juros no país, principalmente as referentes a empréstimos, financiamentos e investimentos financeiros.
A definição do valor da Taxa Selic é atribuída ao Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, cujo objetivo primordial é assegurar a estabilidade dos preços no país, isto é, controlar a inflação econômica do nosso país. Este comitê se reúne a cada intervalo de 45 dias para deliberar sobre a manutenção, elevação ou redução dessa taxa.
É fundamental observar que qualquer decisão tomada nessas reuniões, seja ela a alteração ou a manutenção da Taxa Selic em um mesmo nível, tem o potencial de acarretar impactos significativos em todo o sistema financeiro e econômico do país.
Como a Taxa Selic funciona? Entenda agora
Para compreender o funcionamento da Taxa Selic, é necessário relembrar uma necessidade fundamental de todo governo: obter recursos financeiros suficientes para manter as contas públicas em um patamar saudável e realizar investimentos em programas e políticas sociais.
Embora a principal fonte de receita seja proveniente dos tributos, como o Imposto sobre Operações Financeiras, por exemplo, outra maneira de levantar fundos é através da negociação de títulos emitidos pelo Tesouro Nacional.
Os títulos do Tesouro Nacional são certificados de dívida emitidos e comercializados diretamente pelo governo, utilizando o Sistema Especial de Liquidação e Custódia, aquele mesmo que mencionamos anteriormente. Ao comprar um desses títulos, o investidor adquire o direito de receber o montante acrescido de juros em uma data predefinida.
Contudo, vale destacar que, na prática, a maioria desses títulos é adquirida por grandes instituições financeiras. Isso ocorre devido à exigência, por lei, de que todas as instituições depositem uma parcela dos depósitos recebidos diariamente em uma conta no BC.
Esse procedimento visa controlar a quantidade de moeda em circulação e prevenir o aumento da inflação. No entanto, por conta do grande volume de operações diárias realizadas pelas instituições financeiras, é comum que, ao final do dia, algumas delas tenham em suas contas no Banco Central um saldo maior ou menor do que o exigido por lei.
Nesses casos, essas instituições se veem obrigadas a tomar empréstimos de outros bancos para cumprir a regulamentação. E o que isso tem a ver com a Taxa Selic? Tudo!
Geralmente, esses empréstimos têm um prazo muito curto, com toda a operação ocorrendo em cerca de 24 horas. E nesses empréstimos, como garantia de pagamento, as instituições financeiras oferecem os títulos públicos que adquiriram do BC.
Taxa Selic Meta x Selic Over: quais são as diferenças?
Quando passamos a analisar a Taxa Selic no contexto de negociações de títulos dentro do Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é comum nos depararmos com duas definições distintas para ela: a Selic Meta e a Selic Over. Vamos esclarecer as diferenças entre elas:
Taxa Selic Over ou Efetiva
A Taxa Selic Over ou Selic Efetiva, representa a média diária de juros das operações interbancárias de curto prazo, realizadas entre os bancos no mercado monetário.
Essas operações ocorrem durante o intervalo entre o fechamento dos bancos (ao final do dia útil) e a abertura do próximo dia útil. Em outras palavras, a Selic Over diz respeito aos empréstimos entre bancos que ocorrem durante a noite (overnight).
A Selic Over é vista como um indicador do custo do dinheiro no mercado interbancário e espelha a liquidez do sistema financeiro em um período de tempo curto, normalmente 24h.
Taxa Selic Meta
A Selic Meta, também conhecida como Taxa Selic Meta, é o valor determinado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) como a taxa básica de juros da economia. Essa é aquela que frequentemente se torna o assunto mais comentado nos noticiários econômicos do país.
O Copom estabelece a Selic Meta como parte de sua estratégia para atingir as metas de inflação e a estabilidade econômica. Ela é utilizada como um instrumento de controle da política monetária para influenciar as condições financeiras e econômicas do país.
A Selic Meta é o valor que o Banco Central busca que a taxa básica de juros alcance para cumprir seus objetivos de manter a estabilidade econômica. Entretanto, a taxa de juros efetivamente praticada no mercado pode variar em relação a essa meta.
Em geral, a Selic Over e a Selic Meta costumam manter-se próximas em valores, mas variações pontuais podem ocorrer devido a fatores específicos da liquidez do mercado financeiro. Como pontuamos antes, a Selic Meta é acompanhada de perto como um indicador crucial das condições monetárias e da política econômica do Brasil.
Neste artigo em específico, o tema central é a Selic Meta, não a Selic Over.
Como o Banco Central determina a Taxa Selic?
Como você viu anteriormente, a Taxa Selic Meta é estabelecida e divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Esse órgão do Banco Central (BC) é composto pelo presidente da instituição e alguns de seus principais diretores.
Para o BC, essa taxa representa o objetivo que a instituição procura atingir em relação à Taxa Selic Efetiva. Em outras palavras, a autarquia tem a capacidade de utilizar suas ferramentas de política monetária, que essencialmente envolvem a negociação de títulos públicos, para orientar a taxa efetiva o mais próximo possível da meta.
Para isso, o Copom realiza reuniões a cada 45 dias, nas quais determina a Taxa Selic Meta a ser aplicada no próximo período de um mês e meio. Essas reuniões seguem um cronograma estabelecido no ano anterior e, normalmente, duram dois dias.
Segundo o Banco Central, durante esses encontros, os participantes têm a oportunidade de assistir a apresentações técnicas, debater as perspectivas para a economia brasileira e global, analisar as condições de liquidez e avaliar o comportamento dos mercados.
Aqui está um resumo do processo pelo qual, segundo o próprio Banco Central, o Copom determina a Taxa Selic durante suas reuniões:
Coleta e análise de dados
O Banco Central reúne vários dados econômicos, incluindo índices de preços, indicadores de atividade econômica, balança comercial, taxa de desemprego, entre outros. Esses dados são usados para avaliar a situação econômica atual e projetar possíveis cenários futuros.
Reuniões do Copom
O Copom, composto por membros do BC, incluindo o presidente e diretores, se reúne regularmente para discutir a política monetária e tomar decisões sobre a Taxa Selic.
Seguindo o cronograma, as reuniões ocorrem geralmente a cada 45 dias, mas podem ser mais frequentes em momentos de volatilidade econômica. Confira o calendário completo de reuniões do Copom previstas para este ano com a data respectiva para a divulgação da Ata.
Avaliação dos objetivos da política monetária
O Copom avalia os objetivos da política monetária, que normalmente incluem o controle da inflação e a promoção da estabilidade econômica. Nesse sentido, a Taxa Selic é uma ferramenta fundamental para atingir esses objetivos, pois influencia as condições de crédito, investimento e consumo, tendo poder de desacelerar ou aquecer a economia.
Discussão e deliberação
Durante as reuniões, os membros do Copom analisam as projeções econômicas, a evolução da inflação, as perspectivas para o crescimento econômico e outros fatores relevantes.
A decisão sobre a Taxa Selic é baseada em uma avaliação abrangente dos riscos e perspectivas econômicas, considerando os mais diferentes cenários possíveis.
Anúncio da decisão
Após a deliberação, o Copom anuncia a decisão sobre a Taxa Selic. Nesses anúncios, a taxa pode ser mantida, aumentada ou reduzida, dependendo das condições econômicas e dos objetivos da política monetária. O anúncio é feito por meio de comunicados à imprensa, relatórios e entrevistas coletivas, detalhando os motivos que levaram à decisão.
Impacto no mercado financeiro
A decisão do Copom sobre a Taxa Selic tem sempre um impacto imediato no mercado financeiro. Afinal, todas as instituições financeiras usam a Taxa Selic como referência para estabelecer as taxas de juros de empréstimos, financiamentos e investimentos.
Além disso, as alterações na Selic também podem influenciar as expectativas dos agentes econômicos e afetar as decisões de consumo e investimento.
Em resumo, a determinação da Taxa Selic pelo Banco Central envolve um processo rigoroso de coleta e análise de dados, além de deliberação pelo Copom. A decisão é baseada em uma avaliação abrangente das condições econômicas e dos objetivos da política monetária, com o intuito de promover a estabilidade e o crescimento sustentável da economia do país.
Ata do Copom: o que é e por que é tão importante?
Após cada reunião para definição da Taxa Selic, a Ata do Comitê de Política Monetária, mais conhecida como Ata do Copom, é divulgada. Trata-se de um documento oficial que resume as discussões, deliberações e decisões tomadas durante as reuniões periódicas do órgão.
A Ata é sempre disponibilizada ao público seis dias após cada reunião e oferece informações detalhadas sobre os fundamentos econômicos, análises e perspectivas que orientaram a decisão do comitê em relação à Taxa Selic e sua política monetária para o país.
A seguir, listamos os principais fatores que tornam esse documento tão relevante:
Transparência e comunicação
A divulgação da Ata do Copom promove uma maior transparência na condução da política monetária pelo Banco Central. Afinal, essa divulgação oferece aos agentes econômicos, tais como investidores, empresários e analistas, uma visão detalhada das discussões e dos motivos subjacentes às decisões tomadas em relação à Taxa Selic.
Orientação ao mercado
A Ata do Copom fornece informações adicionais acerca da análise econômica realizada pelo Banco Central, incluindo projeções de inflação, crescimento econômico, balanço de pagamentos e outros indicadores relevantes.
Essas informações auxiliam os agentes do mercado a compreender as perspectivas econômicas e as possíveis trajetórias futuras da política monetária nacional, guiando suas decisões de investimento e estratégias financeiras.
Previsibilidade e expectativas
Ao comunicar suas avaliações acerca da economia e perspectivas, a Ata pode influenciar as expectativas dos agentes econômicos em relação às futuras mudanças na Selic.
Isso é significativo pois as expectativas sobre a direção das taxas de juros podem afetar o comportamento das empresas, consumidores e investidores, repercutindo fortemente nas decisões de consumo, investimento e financiamento.
Análise de riscos e cenários futuros
A Ata do Copom frequentemente aborda diferentes cenários econômicos e os riscos associados a cada um deles. Isso auxilia na compreensão das considerações que influenciaram a decisão final sobre a Taxa Selic Meta.
A análise de cenários possibilita aos agentes do mercado avaliar como as condições econômicas podem evoluir e quais fatores podem impactar as futuras decisões do BC.
Orientação para políticas e estratégias empresariais
A Ata também pode ser valiosa para empresas ao planejar suas estratégias financeiras, operacionais e de investimento. Afinal, ela oferece insights sobre as condições macroeconômicas, o ambiente de taxa de juros e os possíveis impactos nas finanças corporativas, auxiliando as empresas a tomar decisões mais informadas.
A Taxa Selic como indicador econômico fundamental
É inegável que a Taxa Selic exerce um papel central na estratégia de política monetária no Brasil, a qual se baseia em um sistema de metas de inflação. Instituído em 1999, esse sistema determina o compromisso do país em adotar medidas para manter a inflação dentro de uma faixa estabelecida periodicamente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O CMN, criado pela Lei n.º 4 595, de 31 de dezembro de 1964, tem poder deliberativo máximo no Sistema Financeiro do Brasil, sendo responsável por expedir normas e diretrizes gerais para seu bom funcionamento.
Na prática, seu objetivo é assegurar a estabilidade econômica e prevenir desequilíbrios de preços, situações já enfrentadas pelo nosso país em momentos anteriores, e que resultaram na perda do poder de compra da nossa moeda. Atualmente, o Conselho Monetário Nacional (CMN) é composto por três membros: o Ministro da Economia (que o preside), o Ministro do Planejamento e o Presidente do Banco Central.
A trajetória da meta de inflação no Brasil iniciou-se em 8%, com uma margem de variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Essa meta diminuiu gradualmente ao longo do tempo e permaneceu em 4,5% ao ano durante quase 15 anos.
Em 2023, a meta foi estabelecida em 3,25% ao ano, com uma faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual acima ou abaixo desse valor. Em termos práticos, isso significa que a meta é considerada atingida caso a inflação acumulada no ano esteja entre 1,75% e 4,75%.
Qual o impacto da Taxa Selic na economia do país?
Para manter a inflação dentro dessa faixa, o Banco Central utiliza diversas estratégias. A abordagem-chave da política monetária é influenciar a quantidade de dinheiro em circulação na economia. A lógica por trás disso é simples: quando há mais recursos disponíveis, as pessoas tendem a consumir mais. Esse aumento na demanda por bens e serviços, por sua vez, leva a um aumento nos preços. O inverso também é verdadeiro.
Nesse contexto, a Taxa Selic desempenha um papel fundamental. Ela representa a principal ferramenta que o Banco Central utiliza para regular o dinheiro em circulação. A seguir, confira detalhadamente como essa taxa impacta algumas das principais áreas da economia.
Impacto no Crédito
A variação da Taxa Selic tem sempre um impacto direto nas condições de oferta de crédito para empresas e pessoas físicas, podendo tornar esse produto mais ou menos acessível.
Quando a Selic sobe, as taxas de juros de produtos como empréstimos e financiamentos tendem a aumentar. Isso pode elevar o custo do crédito, impactando os planos de investimento das empresas e a capacidade de pagamento das famílias.
Em contrapartida, quando a Taxa Selic cai, as taxas de juros podem se tornar mais atrativas, incentivando o acesso ao crédito, estimulando o consumo e o crescimento econômico.
Impacto no Consumo
A Taxa Selic também influencia diretamente o consumo das famílias. Taxas de juros mais altas podem resultar em parcelas maiores para financiamentos, desestimulando as pessoas a realizarem compras de alto valor, como imóveis ou veículos, por exemplo.
Por outro lado, reduções na taxa de juros básica podem tornar financiamentos mais acessíveis, estimulando o consumo e contribuindo para aquecer setores como o varejo e os serviços.
Impacto nos Investimentos
A Taxa Selic desempenha ainda um papel crucial nas decisões de investimento das empresas e investidores em geral. Afinal, com uma Taxa Selic alta, investir em ativos de renda fixa, como títulos públicos, pode se tornar mais atraente devido ao potencial de retorno.
Por outro lado, quando a Taxa Selic cai, os investidores podem buscar alternativas de maior retorno, como investir em ações ou empreendimentos produtivos. Essas escolhas afetam diretamente o fluxo de recursos na economia e a dinâmica de alocação de investimentos.
Qual é a Taxa Selic hoje?
A Taxa Selic hoje está fixada em 13,25% ao ano. Essa taxa foi estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em 2 de agosto de 2023, quando foi implementada uma redução de 0,50 ponto percentual (p.p.), marcando o primeiro corte desde agosto de 2020.
Anteriormente, a taxa estava mantida em 13,75% a mais de um ano.
O que faz a Taxa Selic subir ou cair? Conheça os principais fatores
Como detalhamos anteriormente, a decisão de aumentar ou reduzir a Taxa Selic é tomada exclusivamente pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, com base em análises das condições econômicas e dos objetivos da política monetária.
Conforme as deliberações e conclusões do órgão, a Taxa Selic é ajustada para alcançar as metas macroeconômicas, como o controle da inflação e a estabilidade financeira, estabelecidas pelo Banco Central e o Governo Federal.
Aqui estão os principais fatores que podem levar a um aumento ou redução da Taxa Selic:
1. Inflação elevada
Um dos principais gatilhos para o aumento da Taxa Selic é uma inflação persistentemente alta ou acima das metas estabelecidas pelo governo. Essa situação é semelhante à que presenciamos em nosso país nos últimos anos, especialmente no período pós-pandêmico.
Nesse cenário, um aumento da Taxa Selic pode ser empregado para conter a demanda por crédito, diminuir o consumo acelerado e os investimentos, o que, por sua vez, pode contribuir para desacelerar a inflação, mas ao mesmo tempo, esfriar a economia.
Por outro lado, o Banco Central pode optar por reduzir a Taxa Selic quando a inflação está controlada, a economia está desacelerando ou há necessidade de estimular o consumo e o investimento para impulsionar o crescimento econômico do país.
2. Pressões inflacionárias antecipadas
Se o Banco Central, em suas análises do cenário econômico, antecipar que pressões inflacionárias estão se acumulando no horizonte futuro, pode optar por elevar a Taxa Selic como medida preventiva. Essa ação pode servir para ancorar as expectativas de inflação e evitar que os preços subam para um patamar fora de controle.
3. Desequilíbrios no balanço de pagamentos
Se ocorrerem desequilíbrios no balanço de pagamentos, como uma alta demanda por importações que pressiona as reservas cambiais, o Banco Central pode optar por aumentar a Taxa Selic como estratégia para atrair investidores estrangeiros e fortalecer o Real.
4. Crises econômicas e instabilidades
Em momentos de crise econômica ou instabilidades financeiras, como ocorreram na pandemia da Covid-19 ou troca de governo, por exemplo, o BC pode optar por aumentar a Selic como forma de conter saídas de capitais e manter a estabilidade do sistema financeiro.
5. Política fiscal expansionista
Se o governo federal adotar uma política fiscal expansionista, aumentando os gastos públicos e gerando pressões inflacionárias, o Banco Central pode precisar elevar a Taxa Selic para contrabalançar esses efeitos e manter os índices inflacionários sob controle.
6. Cenário externo
Por fim, fatores externos, como mudanças nas taxas de juros em outros países e instabilidades nos mercados internacionais, ocasionados por eventos como a Guerra da Ucrânia, por exemplo, também podem exercer influência nas decisões do BC em relação à Taxa Selic.
Em última análise, a decisão de aumentar ou reduzir a Taxa Selic é tomada com base em uma avaliação minuciosa dos diversos fatores econômicos, buscando sempre alcançar os objetivos de estabilidade e crescimento sustentável da economia.
Qual a influência da Taxa Selic no universo empresarial? Tudo o que você precisa saber
Além de impactar todo o cenário econômico e financeiro do país, a Taxa Selic exerce influência significativa no cenário empresarial, afetando diversos aspectos que vão desde o custo de capital e crédito até as estratégias de investimento e crescimento das empresas.
A seguir, listamos algumas das principais maneiras pelas quais a Taxa Selic influencia as empresas e os resultados dessa influência, tanto positivos quanto negativos:
Custos de financiamento
Como mencionamos anteriormente, a Taxa Selic desempenha um papel fundamental como norteador para todas as outras taxas de juros praticadas no mercado financeiro. Assim, quando a Selic aumenta, as taxas de juros de crédito também tendem a subir.
Essa situação pode resultar em custos mais elevados para as empresas que dependem de empréstimos ou financiamentos para operações, investimentos ou expansão. Em momentos assim, analisar as diferentes opções de financiamento disponíveis, suas condições e taxas praticadas é crucial para garantir as melhores negociações ao buscar crédito.
Investimentos e crescimento
A flutuação da Taxa Selic pode impactar as decisões de investimento das empresas. Taxas de juros mais altas, por exemplo, podem tornar os projetos de investimento menos atrativos, reduzindo a disposição das empresas para expandir ou modernizar as operações.
Por outro lado, as taxas de juros mais baixas podem estimular os investimentos, pois com o custo do capital mais acessível, fica muito mais fácil captar recursos para essas ações.
Decisões de endividamento
Empresas que recorrem à emissão de títulos de dívida, como debêntures, para financiar suas atividades devem avaliar cuidadosamente o momento adequado para fazê-lo. Afinal, a Selic exerce influência direta nas condições de mercado para a captação de recursos por meio da emissão de títulos de dívida.
Em cenários de Taxa Selic elevada, por exemplo, onde as taxas de juros também estão altas, os títulos se tornam mais atrativos para os investidores, o que pode favorecer a captação de recursos por meio das emissões. No entanto, o aconselhável é evitar as taxas de juros mais altas a longo prazo, optando por emissões de prazos mais curtos.
Já em cenários de Selic reduzida, a captação por meio da emissão desse tipo de título pode se tornar mais desafiadora. Em tempos de juros baixos, esses títulos se tornam menos atrativos para os investidores, o que pode diminuir a disponibilidade de recursos no mercado.
Ao utilizar esse tipo de financiamento, é fundamental analisar minuciosamente as condições do mercado, as perspectivas da Taxa Selic e os custos de financiamento ao considerar a emissão de dívidas como parte de suas estratégias de captação de recursos.
Planejamento financeiro
A Taxa Selic exerce uma influência significativa no planejamento financeiro de longo prazo das empresas. Mesmo que sejam sutis, as mudanças nas taxas de juros podem impactar diretamente a previsibilidade e gestão do fluxo de caixa, especialmente para empresas que dependem regularmente de financiamentos para manter suas operações em ordem.
O recomendado é sempre considerar as projeções de Taxa Selic a médio e longo prazo ao desenvolver seu plano de gastos, orçamentos e estratégias financeiras. Isso permite uma abordagem mais informada e proativa no gerenciamento das finanças empresariais.
Retorno sobre investimentos
O retorno sobre os investimentos também pode ser afetado pela variação da Taxa Selic.
Em um ambiente com taxas de juros mais elevadas, os investimentos em ativos de renda fixa, como os títulos públicos emitidos pelo governo, podem se tornar mais atrativos em comparação com investimentos em atividades produtivas ou em ações listadas na bolsa.
Por outro lado, em períodos de baixa na Taxa Selic, optar por investimentos como fundos de crédito privado, fundos de investimento, títulos de atividades produtivas e ações da bolsa pode ser mais interessante do que investir em títulos públicos.
Entretanto, ressaltamos que esses são apenas exemplos e não constituem recomendações. Antes de tomar qualquer decisão, é sempre aconselhável consultar profissionais especializados na área de investimentos.
Acesso ao crédito
Variações na Taxa Selic também podem ter impactos no acesso das empresas ao crédito. As taxas de juros mais altas podem encarecer as linhas de crédito, o que pode dificultar a obtenção de financiamento, especialmente por parte das empresas de menor porte.
Por outro lado, com taxas de juros mais baixas, o acesso ao crédito pode ser facilitado, auxiliando as empresas a obterem capital de giro e financiamento para impulsionar seus projetos, expandir suas operações, lançar novos produtos e realizar outras ações estratégicas.
Antecipação de Duplicatas: alternativa de crédito saudável em cenários de incertezas
Em momentos de incertezas quanto aos rumos da Taxa Selic, quando as linhas de crédito tradicionais podem se tornar mais caras, a antecipação de duplicatas tem surgido como a opção mais vantajosa para quem busca capital de giro com custos mais atraentes.
A seguir, elencamos os principais elementos que corroboram essa afirmativa:
Taxas mais competitivas
Conforme discutimos anteriormente, durante períodos de Taxa Selic elevada, as taxas de juros têm a tendência de aumentar, tornando o acesso ao crédito mais oneroso.
Nesse contexto, a antecipação de duplicatas por meio de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), por exemplo, oferece taxas de juros mais competitivas em comparação com outras opções de financiamento, resultando em um custo mais acessível.
E mesmo em períodos de taxas de juros gerais mais baixas, a antecipação de recebíveis por meio de FIDC ainda continua mais atrativa, visto que é uma operação isenta da cobrança de IOF. Além disso, ao antecipar os recebíveis, ao contrário de um empréstimo, você não assume dívidas a serem pagas no futuro.
Melhoria do fluxo de caixa
Optar pela antecipação do recebimento de duplicatas é uma alternativa vantajosa para quem busca melhorar o fluxo de caixa ao obter imediatamente recursos que, de outra forma, estariam vinculados a pagamentos futuros, como em empréstimos.
A grande vantagem é que o dinheiro antecipado já pertence ao seu negócio, mas que seria recebido somente no vencimento dos pagamentos. Portanto, ao antecipar os recebíveis, você não assume dívidas com terceiros e garante os recursos necessários para o fluxo de caixa.
Acesso facilitado ao crédito
Como já discutimos, em períodos de Taxa Selic alta, o acesso ao crédito pode se tornar restrito, principalmente para empresas de menor porte ou com histórico de crédito reduzido.
A antecipação de duplicatas por meio de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) apresenta uma alternativa de financiamento que não está diretamente vinculada à disponibilidade de limite de crédito bancário. Além disso, esse método é consideravelmente menos burocrático e possibilita o acesso aos recursos em menos de 5 horas.
Flexibilidade e agilidade
A antecipação de duplicatas por meio de um FIDC é um processo flexível, ágil e desburocratizado, proporcionando às empresas a capacidade de adquirir recursos de forma rápida conforme a necessidade, com taxas extremamente atrativas.
Esse método pode ser ainda, particularmente valioso em períodos de acesso limitado a outras linhas de crédito, como em períodos de Selic alta, nos quais as empresas podem requerer capital de giro adicional para enfrentar desafios financeiros.
Diversificação de fontes de financiamento
Recorrer à antecipação de duplicatas proporciona às empresas uma opção adicional para a captação de recursos, permitindo diversificar suas fontes de financiamento e reduzindo a dependência de linhas de crédito tradicionais, como empréstimos.
Se você busca novas maneiras de obter capital de giro, com taxas mais atraentes e menos burocracia, apresentamos a Antecipação de Duplicatas do Belluno Digital Bank. Ideal para empresas com faturamento mensal acima de R$ 200 mil, oferecemos IOF Zero, taxas competitivas e acesso aos recursos em até 3 horas após o envio do lote de duplicatas.
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Conclusão
Em resumo, a Taxa Selic representa a ferramenta-chave utilizada pelo Banco Central do Brasil (BC) para regular os preços e manter a estabilidade econômica do país.
O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão do Banco Central do Brasil (BC), responsável por determinar essa taxa, que impacta diretamente todo o cenário econômico e financeiro do país e desempenha papel crucial no controle da inflação.
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dicasfidc
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