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Valuation: afinal qual o valor de mercado da sua empresa?

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O que é Valuation?

Você já deve ter ouvido o termo no dia-a-dia ou em filmes e até em programas de televisão como “O Sócio”, “Shark Tank”, “O Aprendiz” entre outros. Valuation, em suma, é o ato de estimar o valor intrínseco ou justo de alguma coisa. A utilização mais comum do valuation é para empresas, mas também há toda uma gama de técnicas para ativos puramente financeiros.

Por mais que a definição soe simples, valuation é mais fácil dito do que feito, porque durante o processo de cálculo e criação dessa estimativa, vários fatores podem influenciar o resultado e nem todos os fatores são absolutos e fixos.

É importante frisar o termo estimar. Embora boa parte dos cálculos e fórmulas principais para o valuation serem bastante difundidos, há um aspecto qualitativo no ato da avaliação, em maior ou menor medida, ou seja, o valuation tem uma parte quantitativa, matemática, mas também tem outra parte que envolve ponderação. É por isso que analistas profissionais, precisam ter alto conhecimento do setor econômico e área de atuação da empresa, para conhecer os pormenores do negócio e assim gerar estimativas com maior grau de certeza.

Mesmo observando o mercado financeiro, que conta com analistas profissionais, raramente há um consenso absoluto nos valuations, justamente porque cada analista faz suas estimativas considerando diferentes fatores, graus de certeza estatística ou nível de informação.

Quem usa o Valuation?

Investidores, empresários, auditores, órgãos reguladores, empresas rivais, gestores de carteiras, gestores de fundos de investimentos, analistas das mais diversas áreas financeiras. Quer alguns exemplos?

  • Um analista de crédito pode realizar o valuation de uma empresa e de suas garantias para adequar o tamanho do limite de crédito da empresa avaliada.
  • Um gestor de um fundo de ações precisa superar a rentabilidade de um índice de referência, nesse caso ele pode realizar valuations de diversas empresas para encontrar escolhas de investimento adequadas.
  • Um investidor quer escolher alocar seu dinheiro em empresas do setor de geração de energia elétrica porque enxerga o setor como promissor. Ele está decidindo se compra ações ou títulos de dívida das empresas do setor. Ele pode realizar o valuation das ações e dos títulos para encontrar o que se encaixa melhor no seu objetivo de investimento.

O valuation também ajuda a definir estratégias de investimento, acompanhar performance financeira e entender a evolução de valor das empresas.

Mas por onde os analistas começam na avaliação?

De modo geral, há dois modos. O Top-Down e o Bottom-Up, ou seja, de cima para baixo e de baixo para cima, respectivamente. O “cima” se refere a economia e cenário econômico como um todo, enquanto que o “baixo” de refere aos ativos especificamente. Essas maneiras de procurar oportunidades separam a análise “por nível”.

Vamos a um exemplo bem simples: Um analista começa uma análise pelo “top-down” (de cima para baixo). Ele começa observando em que o cenário econômico é favorável a empresas que exportam produtos agrícolas. Assim, ele “desce” um nível. Ele obtém relatórios que apontam que diversos países produtores de café tiveram safras ruins, porém o Brasil tem expectativas para uma safra recorde. Assim ele “desce” mais um nível ao escolher empresas que tenham relação com esse produto. Nesse nível o analista realiza e análise entre as empresas.

Quais os principais modos de Valuation?

Os três principais modos de calcular o valor são o Fluxo de Caixa Descontado, Múltiplos e Valor Patrimonial:

Fluxo de Caixa Descontado: O valor intrínseco da empresa é calculado com base no valor presente de valores futuros. Esses valores futuros podem ser os dividendos ou o FCFE (Free cash flow to equity, ou Fluxo de caixa livre).

Múltiplos: São relações entre elementos dos resultados da empresa. Por exemplo: P/L (preço/lucro); P/VP (preço/valor patrimonial). A análise por múltiplos permite comparar duas empresas rapidamente, mas nem sempre com tanta profundidade. Outro cuidado dos múltiplos, é que eles são uma relação de resultados do passado, que podem ter sido resultado de eventos específicos e não recorrentes (uma empresa vendeu um grande terreno, por exemplo).

Valor Patrimonial: Utiliza os ativos menos os passivos de uma empresa como forma de avaliação do valor da empresa.

Há alguns desafios no Valuation, vamos ver?

Raramente o analista terá todas as informações necessárias para ajustar o valuation.

Algumas empresas maquiam as contas, lançam informações enganosas, tem declarações e informes mal feitos, ou ainda oferecem dados errados que atrapalham no trabalho.

Algumas empresas têm elementos que são difíceis de valorar por natureza, como o capital humano, marcas ou propriedade intelectual. Um exemplo seria um escritório de advocacia.

A depender dos modelos e dados utilizados, o analista pode ter resultados diferentes do consenso do mercado, ou mesmo resultados divergentes entre seus cálculos.

Fazer valuation que tenha relevância e gere possibilidade de investimento toma tempo e requer expertise. Por exemplo, há analistas em bancos e casas especializadas que acompanham de 3 a 5 empresas, ou apenas um setor da economia, por exemplo, justamente para ter a profundidade necessária.

A depender da expectativa do mercado e de fatores macroeconômicos, o Valuation pode parecer “descolado”, ou seja, longe do preço de mercado do ativo.

E aí, conta para a gente: Conseguimos tirar suas dúvidas sobre valuation? Gostou desse conteúdo? Não deixe de conferir sempre o Blog da Belluno, que aqui trazemos as informações para você explicada da forma mais simples possível!

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